Ao contrário da jibóia, o homem não come para dormir e não acorda para comer.
O homem busca sentido, procura propósitos, anseia melhorar.
BERTRAND RUSSEL
quarta-feira, 28 de maio de 2008
RIO DOURO 2
O lindíssimo Douro
fotografado da janela do comboio entre o Porto e a Régua
Elisabete, andei a passear por estes recantos todos e fui ter à Igreja do Sr, da Cruz.Veio lágrimita outra vez.Eu tenho mesmo que me dispor a ir aos sítos onde fui feliz.Mas sabe? Receio quebrar as imagens que guardo tão puras.Mas vou ter que ir. Outro dia fui a Milhazes.Tudo tão diferente.Mas o eessencial estava igual.Quando vi a escol no pino da aldeia desabei em soluços.O meu marido deu-me a mão e fomos depois a pé até lá.Ainda lá estão as fotografias do Salazar e do Américo Tomaz.Mas o resto estava estragado com seringas e preservativos,já sem carteiras nem vidros nas janelas.Chamei baixinho,Mãe,Belinha,ainda aí estais? Os ares fizeram-me bem e às csas onde gheguei e me identifiquei, perguntavam logo,É a Belinh ou a Carminho? Foi lindo!
É triste encontrar os lugares da nossa memória assim degradados. Eu fui, há meses, a Abade do Neiva à quinta da família e chorei. O que lá está não tem nada a ver com o que era. Até falei nisso ao meu irmão que está, também, muito desgostoso. Foi quase dada a pessoas que a não souberam estimar. De qualquer modo, fazem bem as viagens ao passado. Os lugares onde vivemos têm farrapos das nossas vidas que, por vezes, é bom recolher. É bem verdade que, à medida que vamos envelhecendo, aprendemos a apreciar o mais remoto da nossa experiência na Terra. A Ibel vê é tudo de uma forma mais poética e isso é muito bonito. Um grande abraço.
2 comentários:
Elisabete, andei a passear por estes recantos todos e fui ter à Igreja do Sr, da Cruz.Veio lágrimita outra vez.Eu tenho mesmo que me dispor a ir aos sítos onde fui feliz.Mas sabe? Receio quebrar as imagens que guardo tão puras.Mas vou ter que ir. Outro dia fui a Milhazes.Tudo tão diferente.Mas o eessencial estava igual.Quando vi a escol no pino da aldeia desabei em soluços.O meu marido deu-me a mão e fomos depois a pé até lá.Ainda lá estão as fotografias do Salazar e do Américo Tomaz.Mas o resto estava estragado com seringas e preservativos,já sem carteiras nem vidros nas janelas.Chamei baixinho,Mãe,Belinha,ainda aí estais?
Os ares fizeram-me bem e às csas onde gheguei e me identifiquei, perguntavam logo,É a Belinh ou a Carminho?
Foi lindo!
É triste encontrar os lugares da nossa memória assim degradados. Eu fui, há meses, a Abade do Neiva à quinta da família e chorei. O que lá está não tem nada a ver com o que era. Até falei nisso ao meu irmão que está, também, muito desgostoso. Foi quase dada a pessoas que a não souberam estimar.
De qualquer modo, fazem bem as viagens ao passado. Os lugares onde vivemos têm farrapos das nossas vidas que, por vezes, é bom recolher.
É bem verdade que, à medida que vamos envelhecendo, aprendemos a apreciar o mais remoto da nossa experiência na Terra.
A Ibel vê é tudo de uma forma mais poética e isso é muito bonito.
Um grande abraço.
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